O que devemos ensinar em nossas aulas de Educação Física na Escola?
Éderson Andrade
No estudo passado esclarecemos o que a Educação Física deve tratar no contexto escolar, não a resumindo somente a este contexto, pois a mesma está presente em muitos outros espaços como clubes, academias, e outros, com conotações diferentes.
Na Escola a Educação Física trabalha com a Cultura Corporal de Movimento, trazendo os seus elementos (jogos, esportes, danças, lutas e ginásticas) com o foco nas construções culturais dentro da nossa sociedade, e não priorizando o rendimento físico.
O professor trata os elementos em uma propositura ligada a ludicidade, ao artístico e ao estético (a boniteza com diz nossa grande educador Paulo Freire), dando significações de cada aluno, de cada professor, de cada grupo, de cada escola. A dialética neste momento é fundamental, pois o ir e vir, o diálogo horizontal é a fonte da aprendizagem na Educação Física Escolar.
As construções culturais dos homens e das mulheres, todos juntos, sem a separação de gênero. Algumas escolas ainda têm o péssimo hábito de separar as meninas dos meninos, isso porque tem o seu foco no rendimento, contradizendo os pressupostos da Educação Física Escolar. Na escola podemos ter treinamento, mas isso deve ser sistematizado com horários específicos destinados para fim de competições, que também é importante.
Na perspectiva crítica as aulas devem fazer a leitura da realidade social de cada turma a partir dos conteúdos da Educação Física Escolar (jogos, esportes, danças, lutas e ginásticas). É fazer o aluno a refletir, construir, analisar as situações que cada um se encontra.
Alguns exemplos:
1. LUTAS: quais são as lutas existentes em nossa regionalidade, nacionalidade e também internacionalmente? Como os seus alunos entendem a Luta? É violência? É cultural?
2. ESPORTES: a origem dos esportes; os esportes praticados no país e internacionalmente; a paixão pela Copa do Mundo; o que o mercado capitalista faz com o esporte?
3. DANÇAS: qual a diferença das danças da burguesia e do proletariado? A construção histórica das danças; o que representa cada tipo de dança na nossa sociedade.
4. GINÁSTICAS: quais os tipos de ginásticas? Onde elas nasceram? Quem pratica a Ginástica Artística e por quê? As empresas que oferecem a Ginástica Laboral oferecem por que são “boazinhas”?
5. JOGOS: o que os jogos representam na vida das pessoas? No passado quais eram os jogos? No presente quais são os jogos? Quais os benefícios do ato de jogar com os grupos de amizades ou na família?
Estes elementos da nossa cultura corporal de movimento, construída historicamente pela humanidade, devem ser trabalhados de forma espiralada, ou seja, sempre todos os elementos estarão presentes nas aulas de Educação Física, de forma especifica para cada idade, ou ciclo de idade.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Estudo III





Educação Física Escolar na direção de uma nova Sintese.
Capítulo II. Metodologia do Ensino de Educação Física. Coletivo de Autores (2009)
O que é Educação Física ?
Éderson Andrade
Muitas pessoas tendem a entender a Educação Física como uma mera disciplina que faz parte do currículo escolar, em que a mesma não tem sentido, a não ser para o melhoramento da condição física dos alunos.
Podemos perceber que muitos avanços foram conquistados no campo teórico, contudo ainda se faz necessária a transposição didática, ou seja, ir para a prática. Como já discutimos em estudos anteriores, muitas aulas ainda estão ancoradas na esportivização e no desenvolvimento físico dos alunos.
Não podemos, e nem devemos negar os seus benefícios para o condicionamento físico e psicológico, mas devemos entender qual o seu significado dentro da escola.
Existem campos distintos da Educação Física, o esporte, por exemplo, fora da escola prioriza o auto rendimento, a ginástica em academias, a preparação de um corpo saudável, mas na Educação Física Escolar estes dois elementos devem ser tratados no viés cultural.
Por isso é importante entender a prática de atividades físicas fora da escola e a Educação Física escolar. São duas situações distintas em que nenhuma nega a outra.
O Coletivo de Autores (2009) nos apontou um novo caminho para o desenvolvimento da Educação Física Escolar, uma nova perspectiva que se lança na busca do trabalho com o homem em sua completude, ampliando, entendendo, reconstruindo e construindo a nossa Cultura.
Então a Educação Física Escolar volta-se para a construção da Cultura Corporal de Movimento, ou seja, todas as produções históricas produzidas pela humanidade.
Segundo o Coletivo de Autores (2009) estas produções englobam os seguintes elementos: os esportes, as danças, as lutas, as ginásticas e os jogos.
Desta forma sairemos de uma Educação Física Tecnicista e Esportivista e nos lançaremos ao estudo e práticas que reflitam sobre os fazeres da Cultura Corporal, de uma forma Crítica, fazendo com que o aluno faça a superação na sua vida cotidiana.
Entender como o esporte, a luta, a dança, o jogo e a ginástica influenciam na vida de cada um sobre um propositura de construção Cultural, tendo um posicionamento crítico frente ao seu cotidiano.
terça-feira, 8 de junho de 2010
Estudo II
Metodologia do Ensino de Educação Física. Coletivo de Autores
Capítulo I - A Educação Física no Currículo Escolar.
Aptidão Física ou Cultura Corporal de movimento?
Niela Andrade
Éderson Andrade
A concepção da Educação Física Escolar paira sobre o desenvolvimento da Aptidão e reflexão sobre a cultura corporal.
Dentro do projeto político–pedagógico ela deve ampliar o conhecimento critico-superador, saindo da visão técnica para a visão crítica ampliando a ótica dos sistemas dominadores da burguesia e entendendo a classe popular.
Na concepção Crítica o professor de Educação Física precisa de três características: Diagnóstica, Judicativa e teleológica, procurando um alvo a ser alcançado para mostrar aos alunos, e provocar a reflexão dos mesmos.
Assim nosso alvo é tirar a venda que impede o aluno de ter uma visão mais ampla, critica-superadora. O professor tem a responsabilidade de sair do técnico e trazer para o cultural nas alas de Educação Física.
Dentro da concepção de currículo, o professor tem que fazer o aluno pensar e ter reflexão dentro dos elementos da Cultura Corporal: jogos, lutas, ginásticas, esportes e danças.
O currículo deve ser sistematizado, sair do conservadorismo de apenas dar a bola. E diagnosticar, julgar e ter uma meta.
Para Educação Física ter sentido, tem que ter uma visão critica. Refletir os aspectos sociais, psicológicos, fisiológicos, a cultura, a representatividade cultural.
A forma de trabalhar, a didática tem que ser diferente, devemos confrontar os conhecimentos populares e o científicos, os conteúdos devem ser de forma cíclica, não etapista, mas sim espirais, sendo trabalhado todos os elementos da Cultura Corporal com todas as idades, ou ciclos de aprendizagem.
Os primeiros ciclos são de vivencias, sentir, experimentar. Segundo ciclo, começa a sistematizar acerca de conhecimento. Terceiro ciclo inicia a teorização, a explicar, avançar. Quarto ciclo, sua visão já esta critica e então se propõe a reflexão.
Segundo o livro Metodologia do Ensino de Educação Física (capitulo I), na perspectiva da reflexão sobre a cultura corporal, a dinâmica curricular, no âmbito da Educação Física, tem características bem diferenciadas das da tendência anterior (tecnicista). Busca desenvolver uma reflexão pedagógica sobre o acervo de formas de representação do mundo que o homem tem produzido no decorrer da historia, exteriorizadas pela expressão corporal: jogos, danças, lutas, exercícios ginásticos, esporte, malabarismo, contorcionismo, mímica e outros, que podem ser identificados como formas de representação simbólica de realidades vividas pelo homem, historicamente criadas e culturalmente desenvolvidas.
Capítulo I - A Educação Física no Currículo Escolar.
Aptidão Física ou Cultura Corporal de movimento?
Niela Andrade
Éderson Andrade
A concepção da Educação Física Escolar paira sobre o desenvolvimento da Aptidão e reflexão sobre a cultura corporal.
Dentro do projeto político–pedagógico ela deve ampliar o conhecimento critico-superador, saindo da visão técnica para a visão crítica ampliando a ótica dos sistemas dominadores da burguesia e entendendo a classe popular.
Na concepção Crítica o professor de Educação Física precisa de três características: Diagnóstica, Judicativa e teleológica, procurando um alvo a ser alcançado para mostrar aos alunos, e provocar a reflexão dos mesmos.
Assim nosso alvo é tirar a venda que impede o aluno de ter uma visão mais ampla, critica-superadora. O professor tem a responsabilidade de sair do técnico e trazer para o cultural nas alas de Educação Física.
Dentro da concepção de currículo, o professor tem que fazer o aluno pensar e ter reflexão dentro dos elementos da Cultura Corporal: jogos, lutas, ginásticas, esportes e danças.
O currículo deve ser sistematizado, sair do conservadorismo de apenas dar a bola. E diagnosticar, julgar e ter uma meta.
Para Educação Física ter sentido, tem que ter uma visão critica. Refletir os aspectos sociais, psicológicos, fisiológicos, a cultura, a representatividade cultural.
A forma de trabalhar, a didática tem que ser diferente, devemos confrontar os conhecimentos populares e o científicos, os conteúdos devem ser de forma cíclica, não etapista, mas sim espirais, sendo trabalhado todos os elementos da Cultura Corporal com todas as idades, ou ciclos de aprendizagem.
Os primeiros ciclos são de vivencias, sentir, experimentar. Segundo ciclo, começa a sistematizar acerca de conhecimento. Terceiro ciclo inicia a teorização, a explicar, avançar. Quarto ciclo, sua visão já esta critica e então se propõe a reflexão.
Segundo o livro Metodologia do Ensino de Educação Física (capitulo I), na perspectiva da reflexão sobre a cultura corporal, a dinâmica curricular, no âmbito da Educação Física, tem características bem diferenciadas das da tendência anterior (tecnicista). Busca desenvolver uma reflexão pedagógica sobre o acervo de formas de representação do mundo que o homem tem produzido no decorrer da historia, exteriorizadas pela expressão corporal: jogos, danças, lutas, exercícios ginásticos, esporte, malabarismo, contorcionismo, mímica e outros, que podem ser identificados como formas de representação simbólica de realidades vividas pelo homem, historicamente criadas e culturalmente desenvolvidas.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Estudo I
O Contexto da Educação Física na Escola. Suraya C. Darido e Luiz S. Neto. In: Educação Física na Escola: Implicações para a Prática Pedagógica. Suraya C. Darido e Irene Rangel
Educação Física Escolar e suas mudanças durante a história
Alexandre Fabiano dos Santos
Éderson Andrade
A Educação Física Escolar passou por grandes transformações durante toda a sua história na perspectiva escolar, sendo sempre utilizada como um meio de benefícios fincados em planos políticos da classe burguesa.
Como podemos ver nas correntes Higienista e Militarista, em que a Educação Física Escolar tinha como foco dominante o desenvolvimento do ser humano na preparação do corpo guerra e a eugenia corporal, na saúde, na limpeza do corpo.
Um forte momento, também foi o Esportivista, em que o desenvolvimento do esporte era o principal foco. Além de vê-lo como condição de ascensão do país no cenário nacional, o Esporte era o único conteúdo da Educação Física Escolar, que priorizava a aptidão física e motora, o que perdura em muitas aulas ainda hoje.
No final da década de 70 e durante a década de 80 iniciou-se os novos movimentos na Educação Física Escolar, priorizando agora o homem em sua completudde, tratando da Cultura Corporal de Movimento, dando sentido a aprendizagem escolar da Educação Física.
Alguns destes movimentos foram:
Psicomotricidade
Utilizada para trabalhar com crianças os seguintes elementos: lateralidade, organização espacial e temporal; força, agilidade, reflexo, tempo, localização. Não é uma abordagem com enfoque Cultural.
Abordagem desenvolvimentista
Tem como seu conteúdo habilidades motoras básicas, habilidades especificas e habilidades motoras complexas. A temática principal fica por conta das habilidades, aprendizagem e desenvolvimento motor.
Abordagem construtivista
Tem como seu conteúdo brincadeiras populares, jogo simbólico e jogo de regras. Sua finalidade é a construção do conhecimento através do resgate de conhecimento do aluno para a solução de problemas. A temática principal fica por conta da cultura popular, do jogo e do que é lúdico.
Abordagem Crítico-Superadora
Tem como seu conteúdo os conhecimentos sobre o jogo, esporte, dança e ginástica. Sua finalidade é a transformação social, para isso usam uma tematização da aula. A temática principal é a cultura corporal em uma visão holística.
Abordagem Crítico-Emancipatória
Tem como seu conteúdo os elementos da Cultura Corporal de Movimento, afim das construção da emancipação dos alunos durante as aulas de Educação Física.
Abordagem dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs
Os Parâmetros Curriculares Nacional tem suas origens na Europa, mais especificamente na Espanha. Tem como objetivo principal a busca por uma sistematização da Educação através de temas transversais para a promoção de uma interdisciplinaridade. No Brasil, como afirma DARIDO (2003), os PCNs acreditam que eleger a cidadania como eixo norteador significa entender que a educação física na escola é responsável pela formação de alunos que sejam capazes de participar de atividades corporais, adotando atitudes de respeito mutuo, dignidade e solidariedade.
Além das abordagens apresentadas no texto, ainda existem outros movimentos que podem ou não serem sugeridos como abordagens pedagógicas para a educação física, como apresenta DARIDO (2003): sistêmica, jogos cooperativos, saúde renovada e outras.
As discussões sobre abordagens pedagógicas são muito pertinentes à Educação Física, principalmente após as questões levantadas no inicio de 1980, pois estas vêm contribuindo para o crescimento da área a partir de estudos voltados para as pesquisas humanas.
Dentro das abordagens citadas o CEJA Prof. Alfredo Marien trabalha na perspectiva Crítica, dentro da Cultura Corporal de Movimento, tratando de todos os seus elementos: danças, esportes, lutas, ginásticas e os jogos.
Educação Física Escolar e suas mudanças durante a história
Alexandre Fabiano dos Santos
Éderson Andrade
A Educação Física Escolar passou por grandes transformações durante toda a sua história na perspectiva escolar, sendo sempre utilizada como um meio de benefícios fincados em planos políticos da classe burguesa.
Como podemos ver nas correntes Higienista e Militarista, em que a Educação Física Escolar tinha como foco dominante o desenvolvimento do ser humano na preparação do corpo guerra e a eugenia corporal, na saúde, na limpeza do corpo.
Um forte momento, também foi o Esportivista, em que o desenvolvimento do esporte era o principal foco. Além de vê-lo como condição de ascensão do país no cenário nacional, o Esporte era o único conteúdo da Educação Física Escolar, que priorizava a aptidão física e motora, o que perdura em muitas aulas ainda hoje.
No final da década de 70 e durante a década de 80 iniciou-se os novos movimentos na Educação Física Escolar, priorizando agora o homem em sua completudde, tratando da Cultura Corporal de Movimento, dando sentido a aprendizagem escolar da Educação Física.
Alguns destes movimentos foram:
Psicomotricidade
Utilizada para trabalhar com crianças os seguintes elementos: lateralidade, organização espacial e temporal; força, agilidade, reflexo, tempo, localização. Não é uma abordagem com enfoque Cultural.
Abordagem desenvolvimentista
Tem como seu conteúdo habilidades motoras básicas, habilidades especificas e habilidades motoras complexas. A temática principal fica por conta das habilidades, aprendizagem e desenvolvimento motor.
Abordagem construtivista
Tem como seu conteúdo brincadeiras populares, jogo simbólico e jogo de regras. Sua finalidade é a construção do conhecimento através do resgate de conhecimento do aluno para a solução de problemas. A temática principal fica por conta da cultura popular, do jogo e do que é lúdico.
Abordagem Crítico-Superadora
Tem como seu conteúdo os conhecimentos sobre o jogo, esporte, dança e ginástica. Sua finalidade é a transformação social, para isso usam uma tematização da aula. A temática principal é a cultura corporal em uma visão holística.
Abordagem Crítico-Emancipatória
Tem como seu conteúdo os elementos da Cultura Corporal de Movimento, afim das construção da emancipação dos alunos durante as aulas de Educação Física.
Abordagem dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs
Os Parâmetros Curriculares Nacional tem suas origens na Europa, mais especificamente na Espanha. Tem como objetivo principal a busca por uma sistematização da Educação através de temas transversais para a promoção de uma interdisciplinaridade. No Brasil, como afirma DARIDO (2003), os PCNs acreditam que eleger a cidadania como eixo norteador significa entender que a educação física na escola é responsável pela formação de alunos que sejam capazes de participar de atividades corporais, adotando atitudes de respeito mutuo, dignidade e solidariedade.
Além das abordagens apresentadas no texto, ainda existem outros movimentos que podem ou não serem sugeridos como abordagens pedagógicas para a educação física, como apresenta DARIDO (2003): sistêmica, jogos cooperativos, saúde renovada e outras.
As discussões sobre abordagens pedagógicas são muito pertinentes à Educação Física, principalmente após as questões levantadas no inicio de 1980, pois estas vêm contribuindo para o crescimento da área a partir de estudos voltados para as pesquisas humanas.
Dentro das abordagens citadas o CEJA Prof. Alfredo Marien trabalha na perspectiva Crítica, dentro da Cultura Corporal de Movimento, tratando de todos os seus elementos: danças, esportes, lutas, ginásticas e os jogos.
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