Livro de Estudos II e III

Livro de Estudos  II e III
Continuando com a perspectiva Crítica, agora Emancipatória

Em busca de estudos para a transformação

A Educação Física Escolar deve ser transformadora dentro do contexto Escolar. Nós Professores devemos ter uma postura crítica para avançarmos na prática pedagógica.

Livro de Estudo I

Livro de Estudo I
Educação Física Escolar na perspectiva Crítica Superadora

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Estudo VIII

A Capoeira
Alexandre Fabiano dos Santos

Analisando a atividade de movimentos nas escolas podemos ver que a capoeira tem como objetivo geral de movimentos e cultura.

Para podermos entendê-los temos que ter uma visão cultural, pois na maioria das vezes temos um olhar histórico sem conhecimento da sistematização do conteúdo, e sem falar no próprio jogo que a capoeira traz junto interligada com a cultura, que vem sendo incorporada pela área esportiva.

Em meio a está inter-relação, capoeira e escola transitam tanto interesses comuns como contraditórios, então é necessário tentar entender de forma ampla a relação entre capoeira e escola.

A Educação Física os condicionantes desta relação e as situações que trazem inter-relação para que a partir da compreensão de escola, como não sendo apenas espaço de reprodução cultural, então visualizar posturas críticas possíveis de ser adotada no trato deste conteúdo pela própria disciplina curricular de Educação Física.

É parte do contexto da capoeira a interação. Sempre propondo valores humanos defensáveis, pelos quais, através do discurso de uma educação crítica e emancipatória.

Talvez uma possibilidade interessante para o professor de Educação Física escolar, em relação à capoeira, seja a de compreender que seu papel na escola deve ser de encenar, refletir, problematizar, demonstrar uma apresentação de capoeira, praticar e proporcionar a compreensão do grupo sobre a concepção de capoeira, proporcionando o estudo crítico da capoeira, através da ação e da reflexão.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Estudo VII

Didática da Educação Física 1
Elenor Kunz

Abordagem Crítico Emancipadora
Éderson Andrade

A abordagem discutida nesta obra é fundamentada na perspectiva crítica e emancipadora, que busca a libertação do sujeito a cerca de sua reflexão enquanto homem cultural e de movimentos.

O eixo então da Educação Física Escolar é o MOVIMENTO, tendo o ato de ver, experimentar, entender e transformar diferentes e múltiplas relações de tarefas e problemas apresentados e conjuntamente planejados na escola (De Fill, 2009).

Na Educação Física Escolar o foco é o movimentar-se de forma consciente, tendo a abordagem Critico Emancipadora a função de planejar, decidir, criar estratégias juntos.

Na discussão feita por Elenor Kunz é preciso que entendamos que o aluno é o centro, que a encenação temática é o principio e que a representação cultural, socialmente construída nos traz as possibilidades de mudança.

Desta forma aos elementos da Cultura Corporal, apresentada pelo COLETIVO DE AUTORES – teoria Crítico Superadora, acrescenta-se o Movimento, tornando-se em Critico Emancipadora, contudo ainda permanece com o trabalho voltado para os elementos: Esporte, Dança, Luta, Ginástica e Jogos.

Segue-se a linha Freiriana e emancipação e diálogo permanente, sabendo que a educação não muda a sociedade, mas sim muda os sujeitos que são capazes de promover tal mudança.

Kunz org. (2009) traz neste livro a discussão sobre o Atletismo, a Capoeira, a Dança e a concepção de aulas abertas, e nos apresenta que o Esporte é um elemento da Cultura e do Movimento que deve ser tratado na Educação Física Escolar de forma contextualizada, rompendo com a visão tecnicista apresentada e dada por muitos professores até hoje.

Assim, a abordagem Crítico Emancipadora traz a seqüência didática para as aulas de Educação Física na Escola, que busca a transcendência de Limites dos alunos:
1º - Encenação Temática: ato de apresentar a teoria e a prática.
2º - Problematização: discussão crítica a cerca da encenação esportiva e criação de possibilidades.
3º - Ampliação: ora de experimentar, vivenciar, praticar as possibilidades de movimentos dentro da Cultura Corporal.

O capitulo 1 discute esta perspectiva em torno do Atletismo, adentrando em suas possibilidades de movimentos e provas esportivas como corridas, lançamentos, arremessos, saltos.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Estudo VI

Avaliação do processo Ensino-Aprendizagem em Educação Física
Niela Andrade

Na disciplina de Educação Física mostra o significado da avaliação no processo Ensino-Aprendizagem.

Avaliar o aluno não é simplesmente fazer chamada e saber que ele esta presente na aula, nem mesmo porque ele é habilidoso em determinado esporte que o mesmo vai tirar dez, e muito menos a avaliação de quem tem um bom peso, altura e aptidão física.

Avaliação do processo Ensino-Aprendizagem é muito mais do que simplesmente aplicar testes, levantar medidas, selecionar e classificar alunos como os mais fortes, mais velozes.

Temos que estimular a participação de nossos alunos, sendo intermediadores na construção do conhecimento dos elementos da Cultura Corporal de Movimento de forma reflexiva e crítica.

A avaliação tem que ser feita diariamente, durante toda a evolução do aluno dentro de suas limitações e capacidades, nos campos conceituais, procedimentais e atitudinais.

Estudo V

Os Elementos da Cultura Corporal e o fazer na Educação Física Escolar

Éderson Andrade
Niela Andrade
Alexandre Fabiano

Jogo

O jogo é um dos elementos mais significativos da cultura do homem, através dele o homem construiu e constrói as suas relações sociais, “é no jogo e pelo jogo que a civilização surge e se desenvolve” (Johan Huizinga, 2001).

Segundo o célebre Johan Huizinga (que escreverá em 1933):

o jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de tensão e de alegria e de uma consciência de ser diferente da vida quotidiana (p. 33).

Algumas características dos jogos:

1. Deve ser voluntário, pois é um momento de construção cultural do homem, cheio de intencionalidade.
2. Segue um mágico encantamento que envolve a subjetividade, a imaginação, com seriedade.
3. Exige uma limitação de tempo e de espaço, ele começa e tem fim, sem rigidez para o horário e tem uma tenda, uma arena, um palco respectivamente.
4. Cria-se uma ordem, ele é ordem.
5. Contêm tensão entre os jogadores, desejos, vontades, alegria, mistérios e seriedade.
6. É regido por regras.

Desta forma ao tratar dos jogos na Educação Física Escolar os professores precisam adentrar-se no mundo dos significados culturais, além disso, saber que o Jogo não é apenas para a criança e sim para toda e qualquer idade.

É como nos alerta (Johan Huizinga, 2001), para o “adulto” e “responsável” o jogo é uma função que poderia ser dispensada, algo supérfluo, e ele só pode se tornar uma necessidade urgente na medida em que o prazer por ele provocado o transforma em necessidade.

Luta

No Brasil a luta culturalmente mais conhecida é a capoeira. Luta criada pelos negros para se defender dos capitães do mato, forma de sobrevivências deles que passou de geração por geração e hoje muito respeitada pela sua história e cultura.

A luta é um dos elementos da Educação Física que trabalha a mesma resgatando suas manifestações culturais, trabalhando sua historicidade. O judô, por exemplo, sofreu alterações de seus significados culturais, recebendo um tratamento exclusivamente técnico. Nós professores de Educação Física temos que ensinar a história e a cultura fazendo com que eles façam uma reflexão e tenham uma visão crítico-superadora.

Esporte

O esporte é um dos elementos da Educação Física mais conhecida, por vivermos num país Esportivista, mas temos que saber diferenciar o esporte da escola e esporte na escola.

O esporte na escola é um esporte de rendimento, onde visam as habilidades do aluno, seu desempenho em determinado esporte. Onde implica na exclusão de muitos, pois só ficam os melhores.

O esporte da escola não se divide por sexo, nem exclui alunos, porque não visa rendimento, então não têm os melhores alunos/atletas em foco.

Ensinar o Basquetebol, Voleibol, Atletismo e o Futebol numa perspectiva pedagógica são extremamente importantes, mas não devemos levar a uma especialização precoce de posição dentro de um jogo, o uso de sistemas táticos complexos que não se ajustem ao estágio de desenvolvimento dos alunos.

Dança

A dança como produção cultural se mostra como linguagem, que nos traz emoções, sentimentos, hábitos, religiosidade.

Desta forma a escola deve privilegiar a espontaneidade, com os significados da vida de cada aluno. Como nos traz o Coletivo de Autores: a dança deve ser ensinada nas suas mais diferentes formas e estilos, sem ênfase em técnicas formais, fazendo uma transição espiralada entre os fundamentos iniciais e passando posteriormente para aspectos mais técnicos.

É fundamental tratar das danças em contextos regionais, nacionais e depois internacionais, construindo com os alunos os conhecimentos das diferentes manifestações, pois em cada lugar a dança traz a marca da cultura do povo, além de proporcionar momentos de lazer e alegria.

Ginástica

A ginástica está inserida na sociedade como influência nas artes e no meio social desde a Grécia Antiga. Os artistas gregos, observadores dos exercícios físicos, eram precisos conhecedores do corpo humano. O culto ao físico era admirado por estes artistas, que esculpiam a figura humana com perfeição. Na arte grega da época, as condições físicas e espirituais variavam constantemente. Tais modificações passadas pelo homem grego acompanhavam as mudanças sofridas pela ginástica, a maneira mais comum e difundida de cultar a forma física. Baseados nisso, estudos comprovam que na impressão corporal de uma obra de arte sobre a conformação física, está desempenhado o papel fundamental da ginástica e de outros esportes praticados.
A ginástica é um conceito que engloba modalidades competitivas e não competitivas e envolve a prática de uma série de movimentos exigentes de força, flexibilidade e coordenação motora para fins únicos de aperfeiçoamento físico e menta, movimentos lentos, ritmados, de flexibilidade e de força, que introduziu a melhoria dos aparelhos na prática do esporte. Tais avanços geraram a chamada ginástica moderna, agora subdividida.
A ginástica é a ciência racional de nossos movimentos, de suas relações com nossos sentidos, inteligência, sentimentos e costumes, e o completo desenvolvimento de nossas faculdades. É a ciência do movimento racional, sujeito a uma disciplina e a um fim prático.
Na aula é preciso tratar das mais variadas formas de ginásticas construídas historicamente pela humanidade, como a laboral, de academia, livre, artística, rítmica e outras, não em um contexto de rendimento, mas sim cultural.


O fazer na aula

É preciso fugir de uma teorização abstrata e de um praticismo que termine nas velhas e reconhecidas receitas como nos alerta o Coletivo de Autores.

O professor deve confrontar os seus conhecimentos científicos (práticos e teóricos) com o conhecimento empírico dos alunos, sobre os elementos da Cultura Corporal, a fim de que os alunos façam a superação das situações vividas pelo mesmo.

Três etapas são fundamentais para a organização da aula:

1ª – é preciso conhecer os seus alunos e as marcas culturais que os mesmos trazem em seus corpos, discutindo com os mesmo as melhores formas para a construção do conhecimento.
2ª – é a etapa da construção do conhecimento (onde se desprende o maior tempo), para aprender os conhecimentos em suas três dimensões: atitudinal, conceitual e procedimental.
3ª – deve ser realizada a avaliação da aula com todos os alunos discutindo e refletindo sobre a aprendizagem construída.

Dialogar
Exemplificar e discutir sobre os elementos da Cultura Corporal
Explicar acerca do elemento a ser trabalhado

Teorizar e praticar
Praticar as atividades do elemento da cultura
Conceituar as diversas facetas imbuídas nos elementos da cultura corporal.

Avaliar
Através de produções textuais, desenhos, movimentos
No contexto dos conceitos do elemento, no fazer, nos procedimentos e nas atitudes.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Estudo IV

O que devemos ensinar em nossas aulas de Educação Física na Escola?
Éderson Andrade

No estudo passado esclarecemos o que a Educação Física deve tratar no contexto escolar, não a resumindo somente a este contexto, pois a mesma está presente em muitos outros espaços como clubes, academias, e outros, com conotações diferentes.

Na Escola a Educação Física trabalha com a Cultura Corporal de Movimento, trazendo os seus elementos (jogos, esportes, danças, lutas e ginásticas) com o foco nas construções culturais dentro da nossa sociedade, e não priorizando o rendimento físico.

O professor trata os elementos em uma propositura ligada a ludicidade, ao artístico e ao estético (a boniteza com diz nossa grande educador Paulo Freire), dando significações de cada aluno, de cada professor, de cada grupo, de cada escola. A dialética neste momento é fundamental, pois o ir e vir, o diálogo horizontal é a fonte da aprendizagem na Educação Física Escolar.

As construções culturais dos homens e das mulheres, todos juntos, sem a separação de gênero. Algumas escolas ainda têm o péssimo hábito de separar as meninas dos meninos, isso porque tem o seu foco no rendimento, contradizendo os pressupostos da Educação Física Escolar. Na escola podemos ter treinamento, mas isso deve ser sistematizado com horários específicos destinados para fim de competições, que também é importante.

Na perspectiva crítica as aulas devem fazer a leitura da realidade social de cada turma a partir dos conteúdos da Educação Física Escolar (jogos, esportes, danças, lutas e ginásticas). É fazer o aluno a refletir, construir, analisar as situações que cada um se encontra.

Alguns exemplos:

1. LUTAS: quais são as lutas existentes em nossa regionalidade, nacionalidade e também internacionalmente? Como os seus alunos entendem a Luta? É violência? É cultural?

2. ESPORTES: a origem dos esportes; os esportes praticados no país e internacionalmente; a paixão pela Copa do Mundo; o que o mercado capitalista faz com o esporte?

3. DANÇAS: qual a diferença das danças da burguesia e do proletariado? A construção histórica das danças; o que representa cada tipo de dança na nossa sociedade.

4. GINÁSTICAS: quais os tipos de ginásticas? Onde elas nasceram? Quem pratica a Ginástica Artística e por quê? As empresas que oferecem a Ginástica Laboral oferecem por que são “boazinhas”?

5. JOGOS: o que os jogos representam na vida das pessoas? No passado quais eram os jogos? No presente quais são os jogos? Quais os benefícios do ato de jogar com os grupos de amizades ou na família?

Estes elementos da nossa cultura corporal de movimento, construída historicamente pela humanidade, devem ser trabalhados de forma espiralada, ou seja, sempre todos os elementos estarão presentes nas aulas de Educação Física, de forma especifica para cada idade, ou ciclo de idade.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Estudo III


















Educação Física Escolar na direção de uma nova Sintese.
Capítulo II. Metodologia do Ensino de Educação Física. Coletivo de Autores (2009)


O que é Educação Física ?
Éderson Andrade

Muitas pessoas tendem a entender a Educação Física como uma mera disciplina que faz parte do currículo escolar, em que a mesma não tem sentido, a não ser para o melhoramento da condição física dos alunos.

Podemos perceber que muitos avanços foram conquistados no campo teórico, contudo ainda se faz necessária a transposição didática, ou seja, ir para a prática. Como já discutimos em estudos anteriores, muitas aulas ainda estão ancoradas na esportivização e no desenvolvimento físico dos alunos.

Não podemos, e nem devemos negar os seus benefícios para o condicionamento físico e psicológico, mas devemos entender qual o seu significado dentro da escola.

Existem campos distintos da Educação Física, o esporte, por exemplo, fora da escola prioriza o auto rendimento, a ginástica em academias, a preparação de um corpo saudável, mas na Educação Física Escolar estes dois elementos devem ser tratados no viés cultural.

Por isso é importante entender a prática de atividades físicas fora da escola e a Educação Física escolar. São duas situações distintas em que nenhuma nega a outra.

O Coletivo de Autores (2009) nos apontou um novo caminho para o desenvolvimento da Educação Física Escolar, uma nova perspectiva que se lança na busca do trabalho com o homem em sua completude, ampliando, entendendo, reconstruindo e construindo a nossa Cultura.

Então a Educação Física Escolar volta-se para a construção da Cultura Corporal de Movimento, ou seja, todas as produções históricas produzidas pela humanidade.
Segundo o Coletivo de Autores (2009) estas produções englobam os seguintes elementos: os esportes, as danças, as lutas, as ginásticas e os jogos.

Desta forma sairemos de uma Educação Física Tecnicista e Esportivista e nos lançaremos ao estudo e práticas que reflitam sobre os fazeres da Cultura Corporal, de uma forma Crítica, fazendo com que o aluno faça a superação na sua vida cotidiana.

Entender como o esporte, a luta, a dança, o jogo e a ginástica influenciam na vida de cada um sobre um propositura de construção Cultural, tendo um posicionamento crítico frente ao seu cotidiano.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Estudo II

Metodologia do Ensino de Educação Física. Coletivo de Autores
Capítulo I - A Educação Física no Currículo Escolar.

Aptidão Física ou Cultura Corporal de movimento?

Niela Andrade
Éderson Andrade

A concepção da Educação Física Escolar paira sobre o desenvolvimento da Aptidão e reflexão sobre a cultura corporal.

Dentro do projeto político–pedagógico ela deve ampliar o conhecimento critico-superador, saindo da visão técnica para a visão crítica ampliando a ótica dos sistemas dominadores da burguesia e entendendo a classe popular.

Na concepção Crítica o professor de Educação Física precisa de três características: Diagnóstica, Judicativa e teleológica, procurando um alvo a ser alcançado para mostrar aos alunos, e provocar a reflexão dos mesmos.

Assim nosso alvo é tirar a venda que impede o aluno de ter uma visão mais ampla, critica-superadora. O professor tem a responsabilidade de sair do técnico e trazer para o cultural nas alas de Educação Física.

Dentro da concepção de currículo, o professor tem que fazer o aluno pensar e ter reflexão dentro dos elementos da Cultura Corporal: jogos, lutas, ginásticas, esportes e danças.

O currículo deve ser sistematizado, sair do conservadorismo de apenas dar a bola. E diagnosticar, julgar e ter uma meta.

Para Educação Física ter sentido, tem que ter uma visão critica. Refletir os aspectos sociais, psicológicos, fisiológicos, a cultura, a representatividade cultural.

A forma de trabalhar, a didática tem que ser diferente, devemos confrontar os conhecimentos populares e o científicos, os conteúdos devem ser de forma cíclica, não etapista, mas sim espirais, sendo trabalhado todos os elementos da Cultura Corporal com todas as idades, ou ciclos de aprendizagem.

Os primeiros ciclos são de vivencias, sentir, experimentar. Segundo ciclo, começa a sistematizar acerca de conhecimento. Terceiro ciclo inicia a teorização, a explicar, avançar. Quarto ciclo, sua visão já esta critica e então se propõe a reflexão.

Segundo o livro Metodologia do Ensino de Educação Física (capitulo I), na perspectiva da reflexão sobre a cultura corporal, a dinâmica curricular, no âmbito da Educação Física, tem características bem diferenciadas das da tendência anterior (tecnicista). Busca desenvolver uma reflexão pedagógica sobre o acervo de formas de representação do mundo que o homem tem produzido no decorrer da historia, exteriorizadas pela expressão corporal: jogos, danças, lutas, exercícios ginásticos, esporte, malabarismo, contorcionismo, mímica e outros, que podem ser identificados como formas de representação simbólica de realidades vividas pelo homem, historicamente criadas e culturalmente desenvolvidas.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Alexandre, Niela e Éderson

Estudo I

O Contexto da Educação Física na Escola. Suraya C. Darido e Luiz S. Neto. In: Educação Física na Escola: Implicações para a Prática Pedagógica. Suraya C. Darido e Irene Rangel

Educação Física Escolar e suas mudanças durante a história
Alexandre Fabiano dos Santos
Éderson Andrade


A Educação Física Escolar passou por grandes transformações durante toda a sua história na perspectiva escolar, sendo sempre utilizada como um meio de benefícios fincados em planos políticos da classe burguesa.

Como podemos ver nas correntes Higienista e Militarista, em que a Educação Física Escolar tinha como foco dominante o desenvolvimento do ser humano na preparação do corpo guerra e a eugenia corporal, na saúde, na limpeza do corpo.

Um forte momento, também foi o Esportivista, em que o desenvolvimento do esporte era o principal foco. Além de vê-lo como condição de ascensão do país no cenário nacional, o Esporte era o único conteúdo da Educação Física Escolar, que priorizava a aptidão física e motora, o que perdura em muitas aulas ainda hoje.

No final da década de 70 e durante a década de 80 iniciou-se os novos movimentos na Educação Física Escolar, priorizando agora o homem em sua completudde, tratando da Cultura Corporal de Movimento, dando sentido a aprendizagem escolar da Educação Física.

Alguns destes movimentos foram:

Psicomotricidade
Utilizada para trabalhar com crianças os seguintes elementos: lateralidade, organização espacial e temporal; força, agilidade, reflexo, tempo, localização. Não é uma abordagem com enfoque Cultural.

Abordagem desenvolvimentista
Tem como seu conteúdo habilidades motoras básicas, habilidades especificas e habilidades motoras complexas. A temática principal fica por conta das habilidades, aprendizagem e desenvolvimento motor.

Abordagem construtivista
Tem como seu conteúdo brincadeiras populares, jogo simbólico e jogo de regras. Sua finalidade é a construção do conhecimento através do resgate de conhecimento do aluno para a solução de problemas. A temática principal fica por conta da cultura popular, do jogo e do que é lúdico.


Abordagem Crítico-Superadora
Tem como seu conteúdo os conhecimentos sobre o jogo, esporte, dança e ginástica. Sua finalidade é a transformação social, para isso usam uma tematização da aula. A temática principal é a cultura corporal em uma visão holística.

Abordagem Crítico-Emancipatória
Tem como seu conteúdo os elementos da Cultura Corporal de Movimento, afim das construção da emancipação dos alunos durante as aulas de Educação Física.

Abordagem dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs
Os Parâmetros Curriculares Nacional tem suas origens na Europa, mais especificamente na Espanha. Tem como objetivo principal a busca por uma sistematização da Educação através de temas transversais para a promoção de uma interdisciplinaridade. No Brasil, como afirma DARIDO (2003), os PCNs acreditam que eleger a cidadania como eixo norteador significa entender que a educação física na escola é responsável pela formação de alunos que sejam capazes de participar de atividades corporais, adotando atitudes de respeito mutuo, dignidade e solidariedade.

Além das abordagens apresentadas no texto, ainda existem outros movimentos que podem ou não serem sugeridos como abordagens pedagógicas para a educação física, como apresenta DARIDO (2003): sistêmica, jogos cooperativos, saúde renovada e outras.

As discussões sobre abordagens pedagógicas são muito pertinentes à Educação Física, principalmente após as questões levantadas no inicio de 1980, pois estas vêm contribuindo para o crescimento da área a partir de estudos voltados para as pesquisas humanas.

Dentro das abordagens citadas o CEJA Prof. Alfredo Marien trabalha na perspectiva Crítica, dentro da Cultura Corporal de Movimento, tratando de todos os seus elementos: danças, esportes, lutas, ginásticas e os jogos.